A medida é alternativa para melhorar o fluxo nos hospitais e garantir atendimento ao maior número de pessoas
Na última sexta-feira (15/01), o Governo do Estado e o Ministério da Saúde (MS) passaram a ofertar, aos pacientes com Covid-19, a possibilidade de tratamento em outros estados brasileiros, em Hospitais Universitários. Para a rede, a medida é uma alternativa para melhorar o fluxo dos hospitais de Manaus e também garantir atendimento ao maior número de pessoas. Para os familiares, o esforço de ver o tratamento longe de casa é símbolo de esperança em meio às incertezas da doença.
Um desses familiares é o empresário Yuri Farias Mendonça, 31, que acredita na transferência do pai como um esforço necessário para a cura. “Nós fomos muito bem orientados, explicaram para gente o translado, o hospital que a gente vai ficar, farão videochamadas no decorrer do dia para nós conseguirmos ter ciência do estado do nosso familiar. Então, tenho certeza que ele terá todo o apoio”, disse.
O pai de Yuri, Firmino Moraes de Mendonça, foi transferido do SPA Joventina Dias, na Compensa, na madrugada deste domingo (17/01), após 3 dias. Ele e os irmãos decidiram pela transferência também para ajudar que outros pacientes tivessem acesso ao atendimento na unidade.
“É mais uma via de sucesso para gente conseguir tratar nossos familiares, né? Porque aqui em Manaus a gente acredita que também pode abrir mais leitos, para tentar curar mais pessoas que estão precisando. Ele indo para lá abre um leito para outra pessoa que pode estar precisando”, afirmou Yuri. Agora, Firmino receberá atendimento no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UNB), no Distrito Federal.
A estudante Geovana Martins Lopes, 20, também decidiu pela transferência da mãe para Brasília. “Eu recebi algumas informações que foram bastante importantes pra mim. A ida para Brasília é uma grande oportunidade, né? Assim como outras pessoas estão recebendo também essa oportunidade e eu espero muito mesmo, com fé em Deus e em todos os profissionais de saúde, essa esperança de salvar vidas dessas pessoas”, ressaltou.
Os receios e incertezas do tratamento à distância existem, mas a esperança em meio às incertezas é o que motiva as famílias. “Eles vão nos manter informados, os familiares e tudo, até a situação melhorar. Isso é o básico que eu entendi. Agora, é só esperar pela melhora e a volta de novo para casa”, lembrou Geovana.
Decisão – Os pacientes transferidos são selecionados atendendo a classificação de risco do protocolo de Manchester, adotado pelos médicos que atuam na Central Unificada de Regulação de Agendamento de Consultas e Exames (Cura), que estabelece as prioridades de atendimento de acordo com o quadro clínico de cada caso. Dessa forma, o paciente que for transferido é avaliado antes de sair da unidade e reavaliado antes de embarcar na aeronave, devendo apresentar os sinais vitais (frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial) em estabilidade.
Em seguida, a família é contatada e recebe todas as informações necessárias por meio do serviço social da unidade hospitalar. O processo envolve a Secretaria de Assistência Social (Seas), Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e o Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS).
Fotos: Divulgação/Diadiaam
Fonte: redacao@secom.am.gov.br
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