Vereadora Brena Dianná apoia comissão de moradores que foi à Câmara Municipal de Parintins.

Os moradores do Residencial Parintins, obra localizada na comunidade do Macurani, vivem mais uma vez momento de extrema tensão. A Caixa Econômica Federal teve atendido o pedido de reintegração de posse pelo juiz da Primeira Vara da Comarca de Parintins, Roberto Santos Teketomi, no último dia 25 de fevereiro. Para evitar ter de deixar as casas, os moradores procuraram à Câmara Municipal de Parintins, onde conseguiram o apoio da vereadora Brenna Dianná (PSD).

A parlamentar colocou-se à disposição para ser a voz dos ameaçados de despejo, que há anos tentam regularizar a situação dos imóveis desde que as obras foram interrompidas pela NV Construtora, que declarou falência sem concluir o projeto que contempla a edificação de 890 moradias. “O povo tá aqui solicitando uma audiência pública para resolver o problema do Residencial Parintins. Essas denúncias são antigas, como muitos problemas também. O povo do residencial Parintins, que teve seus direitos lesados, pede uma solução definitiva”, relatou na tribuna, enquanto solicitava a adesão dos demais parlamentares para a causa.

Por intermédio de articulação de Brena Dianná, a Câmara Municipal de Parintins irá realizar audiência pública com os entes envolvidos no processo como a Caixa Econômica Federal, a justiça do Amazonas, a prefeitura e os próprios moradores a fim de equacionar a questão que já foi judicializada diversas vezes. “A gente tem de usar o poder da voz, de cobrar, já que a gente não tem o poder da caneta. Vamos fazer valer os votos da população e trabalhar em benefício dela”, posicionou-se a favor do povo.

Obra

O Residencial Parintins é um projeto do Governo Federal em parceria com a Prefeitura de Parintins por meio do programa habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’, hoje intitulado de ‘Casa Verde Amarela’. A NV Construtora iniciou a obra em 2013 com a expectativa de entregar as 890 moradias em 2015. No ano de 2019, mesmo sem a obra estar finalizada, 690 famílias, que já havia sido sorteadas para receber as casas, ocuparam os imóveis. As demais foram invadidas por desconhecidos.

O agente financiador, a Caixa Econômica Federal enquadrou o empreendimento na faixa 1, atual faixa 1,5. As casas conjugadas construídas num terreno de 234 m², sendo a área específica de cada unidade de 34,79 m² são direcionadas para a população de baixa renda, cujo rendimento da família seja de até R$ 2 mil por mês.

“O problema de falta de moradia, não é mais exclusivo da capital. O parintinense sofre com a falta de casa própria. Temos de pensar em ações concretas para resolver essa questão. As invasões proliferam porque as pessoas precisam se abrigar. Sem trabalho, sem fonte de renda, as famílias invadem os terrenos como um ato de desespero. Tão logo consigamos resolver em definitivo o problema do Residencial Parintins, será o momento de sentarmos todos juntos para discutir o déficit habitacional do município”, ponderou Brena.