Parlamentar destacou que cientistas preveem mais uma estiagem severa para 2024 e se antecipou cobrando uma ação integrada entre os governos federal, estadual e municipais e as medidas de mitigação dos seus impactos à economia e à população amazonense

O deputado federal Saullo Vianna (União-AM), aprovou na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (CINDRE) Requerimento para que o Secretário Nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolf, venha à Câmara apresentar as ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação do órgão para a estiagem no Amazonas, que já anuncia severa neste ano.

“Estamos nos movimentando, antecipadamente, para que as instituições envolvidas com a prevenção dos impactos da seca possam agir preventivamente a fim de que possamos minimizar os prejuízos causados ao estado, às indústrias da Zona Franca de Manaus e à população do interior, que sofreu com a crise de abastecimento dos municípios”, disse Vianna.

A ideia é que Wolf seja ouvido em uma audiência pública na CINDRE), e que seja enviado um plano detalhado das principais políticas públicas por parte do Governo Federal em relação à seca não só no Amazonas como em toda a Amazônia.

“A Defesa Civil é o órgão responsável por coordenar as ações de proteção e defesa civil em todo o território nacional. Também é sua atribuição reduzir os riscos de desastres, situação que também requer mobilização e participação intensa das comunidades”, acrescentou Saullo Vianna.

O deputado federal também afirmou, em seu requerimento, que uma ação organizada de forma integrada entre os governos federal, estadual e municipais proporciona um resultado multiplicador e potencializador mais eficiente e eficaz do que a simples soma das ações dos órgãos envolvidos.

Cientistas alertam para nova seca extrema em 2024

Condições climáticas muito diferentes que as observadas em outros anos estão por trás da seca extrema que castiga a Amazônia, alertam cientistas. A seca deve atingir uma área ainda maior e pode vir a se prolongar até o fim do primeiro semestre de 2024, causando uma tragédia humana e ambiental na região amazônica e com desdobramentos para o clima de outras partes do país.

A seca severa já fez o nível dos principais rios do Sul do Amazonas ficar abaixo da média histórica para esta época do ano, o período de estiagem. Um período naturalmente difícil se tornou dramático, com comunidades sem água e isoladas, pois a navegação se tornou difícil ou impossível em vários pontos de rios importantes, como Madeira, Juruá e Purus.