O bairro Coroado, mesmo tendo mais de meio século de existência, ainda padece com a falta de estrutura
A Zona Leste de Manaus é uma das regiões mais populosas da capital. Cerca de 551 mil pessoas vivem na área, sendo que mais de 65 mil no bairro do Coroado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ter 55 anos de existência, concentra população de baixo poder aquisitivo, com renda mensal de R$ 820. A convite dos moradores do bairro, o fisioterapeuta Rainer Figueiredo, conhecido como Dr. Rainer, participou de reunião, neste último sábado (22/06), para se apresentar e entender os problemas que dificultam a evolução social, intelectual e o acesso a serviços básicos.
O Coroado surgiu da migração de moradores de diversos municípios, que vieram para a capital por falta de oportunidades. Dr. Rainer, como migrante, passou por sofrimento similar, procurando, após se estabelecer, retribuir com muito trabalho a cidade que o acolheu.
“Eu sou Rainer Figueiredo, fisioterapeuta, que veio de Coari para Manaus cheio de sonhos, mas sem dinheiro. Aqui, trabalhei como profissional liberal, professor universitário e tive a oportunidade de gerenciar a maior policlínica do Estado, o PAM Codajás. Quando eu cheguei à policlínica eram atendidas, anualmente em média, 100 mil pessoas. No ano de 2023, atendemos mais de 430 mil pessoas na unidade”, relembrou a conquista.
Neste ano, o fisioterapeuta entregou o cargo de diretor do PAM da Codajás para participar da eleição para vereador com o firme propósito de não ser apenas mais um a ocupar cadeira no parlamento municipal. “Vocês estão satisfeitos com o atendimento de saúde no bairro? Uma de nossas propostas é aumentar a cobertura da rede pública de saúde municipal. Em Manaus, 17 bairros não têm nenhuma unidade de atendimento à saúde. Meu candidato à prefeitura (deputado estadual Roberto Cidade) quer implantar mais 12 UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) na cidade. Eu vou lutar para que uma delas seja construída no bairro do Coroado”, afirmou Rainer.
Reivindicações
Os participantes pediram apoio para acabar com o número de aulas reduzidas. Segundo uma moradora, tem escola do município que só funciona dois dias na semana. O fisioterapeuta afirmou que além de lutar pelo cumprimento integral da grade curricular, irá defender a inserção de mais uma refeição na rotina das escolas para combater a fome. Propôs também o aumento do número de professores e mediadores para atender crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA).
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