A comunidade Imaculada Conceição, embora seja sempre citada por Bi Garcia nos discursos, encontra-se abandonada

Nesta terça-feira (30), durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Parintins, a vereadora e pré-candidata à Prefeitura de Parintins, Brena Dianná (União Brasil), solicitou à gestão municipal a construção de parques e áreas de lazer nas comunidades polo de Parintins: Valéria, Vila Abraão, Imaculada Conceição e Santa Maria do Parintinzinho.

Dianná ressaltou, que mesmo as comunidades estando à margem de rios, falta água encanada com boa qualidade para o consumo das famílias. “Em muitas (comunidades) faltam caixa d’água, poço artesiano, encanamento para levar a água até a torneira das famílias”. A vereadora salientou ainda as demais reclamações de quem vive longe da sede do município. “Não tem iluminação pública, não tem escolas e as escolas que têm, não têm manutenção”, frisou.

Prefeito negligencia a comunidade onde nasceu

A vereadora, ao ressaltar o abandono das escolas públicas municipais nas comunidades rurais, lembrou de uma que deveria ser modelo, mas que padece com sérios problemas de infraestrutura. “Eu posso citar uma delas aqui, a Escola da Imaculada Conceição, no Itaboraí, região onde o prefeito diz que nasceu. Quem vai lá, percebe que até para os seus, ele virou as costas, esqueceu do seu passado e da sua história” destacou Brena Dianná.

As promessas vazias foram enfatizadas pela vereadora. “Lá na Gleba de Vila Amazônia, lá no Quebrinha, prometeu uma escola e ela tá lá, do jeito que se encontra. Olha a UBS (Unidade Básica de Saúde) da Comunidade do Maranhão, tão perto, mas tão longe a questão de saúde. Em 20 anos, nunca teve uma reforma lá”, destacou.

Oportunidades

Em reunião com apoiadores na noite desta segunda-feira (29), Brena Dianná enfatizou a urgência de universalizar as oportunidades no mercado de trabalho a partir do estímulo para a abertura de novas empresas a fim de absorver a mão de obra, em especial, dos recém-formados nas instituições de ensino em Parintins. O desemprego tem causado migração em massa.

“As pessoas não encontram oportunidades para mostrar suas habilidades e conhecimentos e acabam saindo do município para conseguir uma oportunidade de emprego ou até mesmo um curso profissional. Isso acontece tanto nas comunidades rurais quanto na cidade”, lamentou Dianná.

Everaldo Bezerra, autônomo, relatou que a filha de 16 anos não consegue realizar o sonho porque o curso desejado não é oferecido em Parintins. “Ela quer estudar robótica, mas não temos em Parintins. Ela pensou em ir daqui para cursar em Manaus. Isso é difícil para os pais de família que não têm dinheiro para viagem, não tem como manter os filhos na capital”, declarou entristecido.

Ainda em conversa sobre a falta de oportunidade para os egressos de instituições federais e estaduais do município, Brena Dianná reiterou também a precariedade no sistema de saúde de Parintins, ressaltando a quantidade reduzida de profissionais de saúde para atender no município. “Pela Lei do SUS (Sistema Único de Saúde), nas Unidades Básicas de Saúde tem que ter não só o medicamento, tem que ter o médico, o enfermeiro, dentista. E não tem nada disso! É culpa do profissional? Não. É culpa da gestão que não contrata os profissionais. Tem muito parintinense querendo uma oportunidade pra servir o povo” ressaltou.