Um profissional da área de educação física ingressou com denúncia no Conselho de Educação Física da 8ª Região (Cref8) e Conselho Federal de Educação Física (Confef), com pedido de instauração de processo ético disciplinar e afastamento do presidente regional do órgão, Lyndon de Azevedo Furtado, por desrespeito a princípios éticos da gestão pública, bem como irregularidades na administração da autarquia.

De acordo com o personal trainer Alex Galvão, a presidência burla o sistema de licitações e tem fechado parceria apenas com o grupo de academias Live, o que fere o princípio de isonomia do Conselho, ou seja, que todos são iguais perante a lei.

Segundo o profissional, o presidente aparece em uma postagem de promoção da rede de academias, onde o anúncio informa que profissionais que pagaram suas anuidades ao Conselho em dia em 12 meses, terão suas anuidades fomentadas pela academia ao longo do mesmo período no próximo ano.

“Não houve ampla divulgação da proposta de parceria. O correto seria o Conselho optar por uma das modalidades de licitações, conforme Lei 14.133/21. Por ser uma autarquia, o Conselho deveria seguir as modalidades constantes na lei. As empresas que desejassem participar ou oferecer serviços à classe dos profissionais de educação, deveriam se inscrever e apresentar seus projetos e propostas. O que o presidente do Conselho fez foi fazer uma parceria com uma única empresa sem abrir oportunidade às outras, fraudando e ignorando a legislação”, destacou Alex Galvão.

O educador físico ainda faz uma segunda denúncia que diz respeito a prevaricação ao que tange os profissionais de educação física não participarem do processo eleitoral deste ano. De acordo com Alex, a resolução de votação foi publicada pelo órgão federal em 13 de dezembro de 2023, com prazo para regularização até março de 2024.

“O Cref8, órgão estadual, só foi publicar a resolução para os profissionais do Norte no dia 30 de abril de 2024, ou seja, mais de um mês após o período para regularização, o que deixou a maior parte da classe fora das eleições e sem direito a votar e concorrer. O presidente está cometendo esses atos de prevaricação contra os profissionais da categoria, uma vez que não participamos do processo eleitoral, publicando a resolução do órgão federal mais de um mês após esgotar o prazo para que os profissionais se regularizassem e buscassem estar aptos para a participar do pleito, inclusive como candidatos nas chapas”, asseverou o denunciante.

O profissional, que aguarda resposta do Conselho de Educação Física da 8ª Região (Cref8) e Conselho Federal de Educação Física (Confef), considera que o presidente está usando a autarquia, que é público-privada, para atender interesses pessoais. Enquanto isso, o educador físico aguarda retorno e tomadas de decisões efetivas por parte dos órgãos competentes.