O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira, 23 de setembro, com o primeiro-ministro da República do Haiti, Garry Conille. O encontro bilateral integra uma série de compromissos da agenda do presidente brasileiro, que está nos em Nova York (Estados Unidos) para a abertura do Debate Geral da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), nesta terça-feira.
Na conversa, o líder haitiano relatou a difícil situação causada pela atuação de grupos armados no país e sobre a atuação das forças internacionais que têm ajudado o governo a estabilizar a situação e recuperar territórios dominados por gangues. Disse que as forças de defesa estão se recompondo e que não há dúvidas de que a situação tem solução, mas que são necessários equipamentos e treinamento.
Lula perguntou como o Brasil pode ajudar o Haiti no momento atual. Comentou sobre a necessidade de um plano de ações concreto para recuperação do Haiti, que possa engajar a comunidade internacional. Para ele, a Assembleia Geral das Nações Unidas é uma oportunidade nesse sentido. O presidente reforçou que o Brasil está à disposição para ajudar o Haiti na formulação desse plano e para a promoção desse debate, tanto na vertente da conscientização política quanto da mobilização de recursos.
“O presidente Lula se mostrou generosamente comprometido em mobilizar outros países para apoiar a situação no Haiti. Ele, claro, foi generoso com o seu tempo, inspirador em termos de ideias e estamos ansiosos para continuar a cooperação com o Brasil no futuro”, disse Garry, em pronunciamento à imprensa após o encontro bilateral.
HISTÓRICO – No ano passado, Lula já tinha se encontrado com lideranças haitianas para trocar impressões sobre a conjuntura regional e para buscar formas de apoio brasileiro em prol da estabilidade, do combate à pobreza e da reconstrução do país caribenho, profundamente afetado pelos terremotos de 2021 e 2010.
A relação entre os dois países é marcada por cooperação técnica e diálogo político. Um dos destaques foi o papel desempenhado pelo Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), entre 2004 e 2017.
Desde o terremoto que fez mais de 100 mil vítimas e abalou a economia do país, em 2010, o Haiti passou a contar com uma das mais expressivas carteiras de projetos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com projetos diversos abrangendo áreas como saúde e educação.
Fonte: gov.br
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