Com a chegada do biodigestor e da energia fotovoltaica e, junto com eles, os novos equipamentos para a cozinha – um fogão adaptado para o uso do biogás, um forno elétrico industrial e uma fritadeira elétrica que, sem óleo, permite o preparo de até 20 quilos de alimento de cada vez –, a preparação das refeições ficou mais rápida e saudável.
“Agora, podemos chegar até um pouco mais tarde”, brincou uma das voluntárias. “Com o novo forno, demora menos de uma hora para termos o nosso prato principal pronto”, contou, mostrando o frango assado que seria servido nas quentinhas distribuídas a partir de meio-dia e meia.
Funcionamento simples
Os resíduos orgânicos que não servem para o consumo são todos destinados ao biodigestor instalado no local. Nele, esse material é transformado em biogás e fertilizante natural, o que deve ajudar na redução dos custos da produção das refeições destinadas às pessoas em situação de risco e vulnerabilidade.
A instalação de painéis solares também permite que a cozinha solidária tenha acesso à energia limpa que é usada no cozimento dos alimentos de maneira mais saudável com o forno elétrico e a fritadeira sem óleo.
Os equipamentos operam por meio de um sistema simples, mas de grande impacto social, econômico e ambiental, como a captação da energia solar para a geração de energia elétrica, o que permite expandir o acesso à alimentação adequada e saudável e ainda contribuindo para um mundo mais sustentável.
Para a irmã Mirela, a economia que a cozinha solidária terá com a autoprodução de biogás e de energia elétrica pode resultar em outros investimentos. “Reduzindo o consumo do nosso gás, por meio do biodigestor, isso nos ajuda a investir de uma outra forma no serviço, tanto na melhoria do alimento, quanto de outras necessidades que eles possam ter”, ressaltou referindo-se ao público que é atendido no local.
Para o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, o projeto que irá inicialmente para sete Cozinhas Solidárias, estrategicamente mapeadas por todo país, representa uma semente de mudança, que deverá inspirar a ampliação de novas parcerias Brasil afora.
“Se desejamos combater a fome e a pobreza nas suas diferentes formas, precisamos levar em consideração o direito de todas as pessoas ao alimento, mas também o direito à energia limpa para o seu preparo. A união de esforços entre governo e sociedade é fundamental para avançarmos nesse objetivo comum”, destacou o titular do MDS.
Política Nacional para Promoção do Cozimento Limpo
A iniciativa de instalação de biodigestores em cozinhas solidárias insere-se no contexto de discussão da Política Nacional para Promoção do Cozimento Limpo, que tem o propósito de promover o acesso universal, em todo o país, a tecnologias limpas para o preparo de alimentos, sendo compreendida como cozimento limpo a utilização de fontes energéticas limpas em ambientes internos.
A instalação de biodigestores nas cozinhas solidárias indicadas diminuirá perdas e desperdícios de alimentos promoverá a economia dos recursos das cozinhas, visto que o abastecimento do equipamento com resíduos de alimentos viabiliza a produção de biogás para cozimento e de composto orgânico, que poderá ser destinado a hortas comunitárias.
Criada a partir de uma articulação estratégica entre ministérios e sociedade, a iniciativa Cozinha Solidária Sustentável foi criada no âmbito do Programa Cozinha Solidária, do Governo Federal, a partir de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Secretaria Geral da Presidência. Juntam-se como apoiadores da ação a Itaipu Binacional, a Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) e a Cáritas, como entidade gestora credenciada no Programa Cozinha Solidária.
Programa Cozinha Solidária
O Programa Cozinha Solidária é uma ação do Governo Federal, executada pelo MDS, em parceria com a Secretaria Geral da Presidência, e tem como principal objetivo apoiar iniciativas da sociedade que, por meio dessa tecnologia social, fornecem alimentação gratuita e de qualidade à população, com prioridade para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social, incluindo a população em situação de rua e em insegurança alimentar e nutricional.
O Programa opera apoiando as cozinhas solidárias já existentes, devidamente habilitadas pelo MDS, entendendo que são uma tecnologia social de combate à insegurança alimentar e nutricional, de base popular, não estatal, estruturada pela comunidade local, por meio de seus coletivos, seus movimentos sociais e suas organizações da sociedade civil, com a finalidade de produção e oferta de refeições adequadas e saudáveis.
Ao todo, até o momento, o MDS está aplicando mais de R$ 120 milhões em recursos para ações de apoio a cozinhas solidárias atendidas pelo Programa
Outubro, mês da Alimentação Saudável
Acesso a alimentos é direito de toda pessoa. Ao longo deste mês, o MDS está produzindo uma série de matérias especiais sobre o tema para reforçar as iniciativas em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas, com objetivo de consciencializar as pessoas sobre questões relativas à nutrição e à alimentação.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: gov.br
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