Os bajuladores, conhecidos como “puxa-sacos” ou “rasgas sedas”, empenham-se diariamente em diversas modalidades para tratar seus superiores como as pessoas mais importantes do mundo, buscando ganhar favores e ascender na escala do sucesso.
Maquiavel, autor do livro “O Príncipe”, observou que o poder seduz os aduladores, que buscam obter espaço e prestígio através de bajulações para conquistar a simpatia dos poderosos. Agostinho de Hipona foi enfático ao afirmar que a bajulação pode corromper o homem, preferindo críticas que o corrijam a elogios que o corrompam.
“Que o poder seduz os aduladores, que desejam obter espaço e prestígio, através de paparicações, para cair nas graças dos poderosos”. (Maquiavel), “Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem”. (Agostinho de Ipona).
Até mesmo figuras bíblicas como o rei Salomão e o rei Davi condenaram a bajulação. Salomão a comparou a uma armadilha, alertando sobre as desgraças causadas por palavras bajuladoras. Davi viu as palavras do bajulador como veneno, afirmando que suas mentes tramam o mal e suas línguas seduzem e enganam. (Provérbios 26:28, Salmos 5:9).
A subserviência torna-se um malefício grave quando penetra os círculos eclesiásticos, pois, por natureza, essa prática fomenta o separatismo, dando origem a grupinhos que se formam em torno dela. Consequentemente, indivíduos são promovidos a posições sem possuir as qualificações mínimas necessárias. Alguns se encarregam de ajustar a gravata do pastor, enquanto outros passam graxa no sapato do seu líder, sem contar outras modalidades esdruxulas de bajulação.
Todas essas atitudes são executadas com o único propósito de serem notados e conquistarem favores. Verdadeiros líderes empresariais e eclesiásticos reprovam a bajulação sob todos os aspectos. São poucos, mas existem!
Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje, E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado, porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? Tiago 2:1-4
Tom Claro
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