Universidade do Estado do Amazonas e parceiros planejam transformar espaço abandonado em hub cultural e acadêmico no Centro de Manaus.

Fechado há mais de 10 anos, o histórico prédio da Alfândega de Manaus, tombado como patrimônio nacional desde 1987, pode ganhar nova vida sob a administração da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O local, parte do Conjunto Arquitetônico do Porto de Manaus e construído pela empresa inglesa Manaos Harbour Limited no início do século XX, está em estado avançado de abandono. A proposta é restaurar o imóvel e transformá-lo em um centro cultural e acadêmico multidisciplinar. Na semana passada um grupo de trabalho visitou o local para observar, in loco, a situação do patrimônio.

A vice-reitora da UEA, professora Kátia do Nascimento Couceiro, destacou o potencial do prédio para a instituição:

“O prédio da Alfândega é um verdadeiro tesouro do nosso estado e pode agregar muito à UEA. Queremos transformá-lo em um grande centro cultural e espaço para práticas acadêmicas, especialmente em áreas como turismo e artes, abrindo-o à população e trazendo benefícios significativos para a sociedade.”

A parceria envolve o Grupo Uai, presidido por Elias Tergilene, que busca restaurar o prédio com apoio do Governo Federal e da Prefeitura de Manaus. Ele afirmou:

“Nosso objetivo é devolver relevância ao espaço histórico e transformá-lo em um ponto de convergência artística, turística e cultural.”

Deputado Sinésio Campos defende revitalização

O deputado estadual Sinésio Campos reforçou a necessidade urgente de preservar o prédio:

“O prédio da Alfândega está abandonado, e precisamos agir. Já discutimos com a UEA, IPHAN e outros órgãos uma parceria público-privada para restaurá-lo e transformá-lo em um espaço acadêmico e cultural. Essa iniciativa não apenas preserva nosso patrimônio, mas também oferece novas oportunidades para a comunidade.”

O parlamentar propõe que o imóvel seja usado pela UEA por um período de 20 a 30 anos, com possibilidade de extensão, para evitar sua degradação e fomentar atividades como cursos de gastronomia, turismo e engenharia de pesca, além de iniciativas culturais.

As negociações envolvem a formalização do uso do prédio e a captação de recursos para a restauração, estimada em milhões de reais. Se concretizado, o projeto promete revitalizar o Centro de Manaus, promovendo tanto a preservação histórica quanto o desenvolvimento cultural e acadêmico.

 

 

Fonte: Amazonas Notícias