O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, da cerimônia de formalização da concessão do Terminal ITG02 no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, em continuidade aos investimentos para fortalecer e modernizar os portos brasileiros. “É uma honra, alegria e muita emoção estar visitando o Porto de Itaguaí para comemorar a assinatura de um acordo de investimento de R$3,5 bilhões para esse porto”, disse Lula.
Considerado um marco para o setor portuário do estado, o empreendimento receberá investimentos de R$3,58 bilhões para ampliar sua infraestrutura portuária e garantir o escoamento da produção de minério.
Em seu discurso, Lula destacou o crescimento da economia e reforçou a sua visão de desenvolvimento para beneficiar a população. “Já crescemos a 3,5%, vamos crescer a 3,8% e vamos continuar crescendo. E mais importante do que crescer é distribuir o crescimento para que o povo possa melhorar de vida, morar melhor e comer mais. É esse país que nós queremos fazer”, afirmou o presidente. O resultado é reflexo de investimentos estratégicos e desburocratização dos processos que comprovam o compromisso em fortalecer a competitividade do setor.
RECORDE — Em 2024, por exemplo, a movimentação portuária no Brasil atingiu um novo patamar, com um total de 1,32 bilhão de toneladas, revelando crescimento de 1,18% em relação ao ano anterior. Nos portos públicos, o aumento foi de 5,13% — melhor desempenho histórico — com aportes de mais de R$1 bilhão em 2024 e previsão de R$1,7 bilhão para 2025, impulsionando a modernização, eficiência e sustentabilidade dos portos.
LEILÃO HISTÓRICO — A parceria entre o Governo Federal e a iniciativa privada garantiu o maior leilão portuário da história: o Terminal ITG02, arrematado pela Cedro Participações S.A. em dezembro de 2024. Com isso, tornou-se um dos maiores empreendimentos do setor portuário nos últimos anos. O local é um dos principais pólos de exportação de minério de ferro no Brasil.
CAPACIDADE — Com 250 mil m² de área, o terminal tem capacidade para movimentar 21,4 milhões de toneladas por ano e deverá impulsionar a produção portuária em um terço. De acordo com a Portos Rio, autoridade portuária do estado, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da obra aponta que cerca de 2,8 mil empregos indiretos serão gerados durante a construção e mais 2 mil empregos diretos e indiretos durante a operação do terminal.
DESENVOLVIMENTO — O ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, enfatizou a importância do leilão realizado, considerado um marco na história do país. “Esse é o maior leilão da história portuária do Brasil. Investimentos, no primeiro momento, de R$3,6 bilhões que, ao longo dos anos, vão chegar a quase R$10 bilhões”, ressaltou.
Costa Filho também fez uma comparação com os últimos dez anos. “Em 10 anos, desde a Lei dos Portos, foram feitos 42 leilões, o que equivale a R$6 bilhões de investimentos. Nos quatro anos do governo do presidente Lula serão mais de 60 leilões no Brasil, o que significa mais de R$20 bilhões de investimentos portuários. Estamos retomando o maior investimento da história em navegação no Brasil. Isso significa desenvolvimento, geração de oportunidades e, cada vez mais, globalização da navegação do Brasil no mercado internacional”, declarou o ministro. De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, foram investidos mais de R$13 bilhões nos portos do Brasil em 2024, garantindo mais de 50 mil empregos.
CONCESSÃO — O presidente do Conselho da Cedro Participações S.A., Lucas Kallas, afirmou que a concessão do porto representa desenvolvimento social para o país, pautado no crescimento sustentável e compromisso com o país. “Hoje celebramos um momento histórico para a mineração e a infraestrutura do país. A assinatura simboliza muito mais do que um compromisso empresarial. É a afirmação de nossa crença no potencial do Brasil e do papel transformador da mineração para o desenvolvimento social”, disse Kallas.
OPORTUNIDADES — Luiz Marinho, ministro do Trabalho, destacou as oportunidades de trabalho que serão criadas, essenciais para o desenvolvimento econômico do país. “Nós vamos continuar gerando emprego de qualidade no nosso país. O Brasil está sólido, controlando a inflação, com crescimento do emprego e da renda da classe trabalhadora brasileira. Temos todas as condições de mostrar que mais uma vez nós vamos ver o povo brasileiro ser feliz”, assinalou Marinho.
INDÚSTRIA NAVAL — Mais um passo para retomar o protagonismo do Brasil na indústria naval foi o anúncio da utilização dos recursos de 2024 e 2025 do Fundo da Marinha Mercante, destinado a prover financiamento para o desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção naval. Foram firmados contratos que totalizam R$5,49 bilhões, o maior desde 2012. Esses recursos serão destinados a 15 novos contratos que abrangem 565 obras para navegação interior, apoio marítimo, apoio portuário e cabotagem, além da reparação naval brasileira.
O prefeito interino de Itaguaí, Haroldo Jesus, ressaltou a importância dos investimentos para a cidade. “Estamos contemplando a assinatura do contrato de concessão do novo pátio de minério. É algo muito importante para o município de Itaguaí esse investimento. Na parte de construção, serão gerados mais de 2,8 mil empregos. Para nós é um orgulho muito grande”, afirmou Haroldo.
MARINHA MERCANTE — Já o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Sérgio Gianetto, enfatizou o crescimento nos portos e na indústria naval e celebrou o contrato assinado. “Os bons tempos voltaram. Inclusive, pela análise da Antaq [Agência Nacional de Transportes Aquaviários], em 2024, o Porto de Itaguaí foi considerado o segundo maior porto público em movimentação de carga do país”, disse.
O Fundo da Marinha Mercante é administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos e visa fornecer recursos para o desenvolvimento tanto da marinha mercante quanto das indústrias de construção e reparação navais no país.
Fonte: gov.br
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