“A marca que vou deixar outra vez é o crescimento da distribuição de renda e a inclusão social. A marca da civilidade democrática, do crescimento econômico, do crescimento salarial, do crescimento educacional e da cidadania”. Com essa frase, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resumiu, em entrevista a jornalistas da Bahia nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, o legado que espera deixar ao fim de sua terceira gestão à frente do Palácio do Planalto.

A marca que vou deixar outra vez é o crescimento da distribuição de renda e a inclusão social. A marca da civilidade democrática, do crescimento econômico, do crescimento salarial, do crescimento educacional e da cidadania”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

Para chegar a esse destino, o presidente elencou uma série de fatores que têm merecido atenção do Governo Federal desde janeiro de 2023. “Nunca antes na história do Brasil houve tantas políticas de inclusão social como agora. É o povo indígena, o povo quilombola, as mulheres, os pequenos produtores rurais nas propriedades de 0 a 100 hectares. Estamos cuidando com muito carinho”, listou, apontando ainda o crédito recorde para o agronegócio e as políticas de incentivo ao setor industrial. “Há muito tempo a gente não tinha o PIB crescendo na indústria. Temos várias atividades econômicas crescendo”.

EDUCAÇÃO – Outro ponto ressaltado pelo presidente foi a educação. Lula disse que o governo trabalha para cumprir a meta de que as crianças sejam alfabetizadas na idade certa, numa parceria estabelecida com todos os estados e municípios. Reforçou o compromisso com a construção de mais 100 institutos federais e investimentos ampliados em universidades, recuperando as que existem e fazendo mais hospitais universitários.

PÉ-DE-MEIA E CELULARES – O presidente citou ainda o Pé-de-Meia, programa que ajuda a garantir a permanência de alunos no ensino médio, e lembrou a importância da sanção do Projeto de Lei nº 4.932/2024, em janeiro, que restringe o uso de celulares por estudantes nos estabelecimentos públicos e privados de educação básica durante as aulas. “Quando aprovamos a proibição de telefone celular nas escolas é porque a gente quer respeitar o jovem, a criança, o professor e o humanismo. Ou eu cuido do humanismo agora ou os algoritmos vencerão. E eu sou humanista, quero ser solidário, quero ser uma pessoa que tenha paixão pelas coisas. E o algoritmo não tem”, afirmou o presidente.

MAIS CRÉDITO – Lula fez referência a uma reunião que teve nesta quarta-feira (5/2) com presidentes de bancos públicos para ressaltar que o crédito está em crescimento no país e antecipou que haverá novos anúncios nesse setor. “Nunca houve tanto investimento do BNDES, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BNB (Banco do Nordeste) e do Basa (Banco da Amazônia). O crédito está crescendo e vão ter mais medidas anunciadas nos próximos dias”, indicou.

MICRO E MACROECONOMIA – O presidente também disse que é preciso prestar mais atenção à microeconomia, fator fundamental para impulsionar a engrenagem econômica do país. “Com o dinheiro circulando, o comércio cresce, o serviço cresce, o salário cresce, o poder de compra cresce e o PIB cresce. Em vez de a gente ficar discutindo macroeconomia, a gente tem que discutir microeconomia. Porque é ela que faz a coisa acontecer. Um cidadão que pega um bilhão de dólares emprestado nem sempre investe no ano seguinte. Agora, um cidadão que pega 10 contos, vai investir. Um cidadão que ganha mil reais, vai ao supermercado comprar o que comer. É isso que movimenta a economia. E é isso que estamos fazendo. Sem esquecer de que também nós temos que financiar os grandes para que a macroeconomia cresça”, destacou.

Fonte: gov.br