Um exemplar de gavião-real (Harpia harpyja), uma das maiores aves de rapina das Américas e símbolo da biodiversidade brasileira, foi resgatado na terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Barreirinha (Semma). A ave apresentava fratura em uma das patas e foi encaminhada para tratamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Manaus.

O animal foi localizado em 8 de abril nas proximidades da Comunidade Freguesia do Andirá, no município de Barreirinha (AM). Segundo o coordenador de Controle Ambiental da Semma, Marcos Antônio Bahía, o gavião-real foi encontrado com a lesão já aparente.
“Em Barreirinha, não temos logística para cuidar de um animal desse porte. É uma ave rara e essa foi a primeira ocorrência do tipo registrada na cidade. Felizmente, com o apoio dos profissionais do Ibama, conseguimos garantir a segurança do animal durante o resgate”, afirmou Bahía.
No Cetas, a ave passou por avaliação clínica conduzida pela equipe técnica do Ibama. De acordo com a coordenadora da unidade, Natália Lima, além da fratura, o gavião-real chegou apático, magro e com escore corporal baixo. Os médicos veterinários que o atenderam avaliam a necessidade de uma cirurgia corretiva, conforme o estado geral do animal.
“Ele está passando por exames detalhados. A decisão sobre uma eventual operação cirúrgica será tomada com base em critérios clínicos e comportamentais, conforme estabelece a Instrução Normativa nº 5/2021 dos Cetas”, explicou André Gonçalves, biólogo, técnico ambiental e servidor do Ibama.
Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) são unidades especializadas do Ibama que acolhem animais resgatados, apreendidos ou entregues voluntariamente pela população. Nessas unidades, os animais passam por triagem, avaliação veterinária, reabilitação e, sempre que possível, são reinseridos na natureza.
A presença desse gavião-real no Cetas reforça a importância da atuação integrada entre os órgãos ambientais e da estrutura técnica do Ibama para a preservação da fauna silvestre brasileira. A ave permanecerá sob observação até que seu estado de saúde permita uma possível reabilitação ou encaminhamento para local apropriado.
Fonte: Ascom/Ibama
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