Como em outras capitais brasileiras, o Dia da Consciência Negra em Manaus será marcado por manifestações e atos contra a discriminação racial e violência à população negra do país, especialmente a juventude. Serão movimentos sociais e estudantis, sindicatos trabalhistas e centrais sindicais, partidos políticos e diversas outras representatividades unidas para um grande protesto, no sábado (20), a partir das 14h, na Praça da Polícia, Centro da cidade.
“Vamos levantar diversas questões sociais importantes que afetam a população negra e pobre no Brasil. Entre elas o desemprego, o subemprego, os baixos salários, a discriminação racial e, principalmente, a violência contra a juventude negra”, informa Christpher Rocha, diretor de formação da Unegro (União de Negros e Negras pela Igualdade).
Ele lembra que, segundo dados do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência de 2017, a cada 23 minutos um jovem negro morre no Brasil, e que Manaus está entre as cidades mais violentas para esse público específico.
Mas além das questões sociais, o Dia da Consciência Negra em Manaus também contará com uma Feira de Empreendedorismo Preto, onde diversos artesãos e trabalhadores negros informais estarão exibindo seus produtos. “Diferente do ato, que começa às 14h, essa feira vai funcionar o dia todo no local, de modo a dar visibilidade ao empreendedorismo de negros e negras na cidade”, informa Christpher Rocha.
O ativista destaca ainda que, durante o protesto, os participantes também farão uma grande panfletagem pelo Centro, buscando dialogar com a população sobre suas reivindicações.
Ainda nesse contexto, entidades sindicais ligadas ao serviço público estarão participando do protesto levando como bandeira de luta a derrubada das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 23 (dos Precatórios) e 32 (Reforma Administrativa). “Esses são ‘projetos’ que massacram a população mais pobre do país (em boa parte negra), pois lhes tira benefícios essenciais, como acesso gratuito à saúde, educação e Justiça”, comenta Luiz Claudio Corrêa, presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho na 11ª Região e Justiça Federal do Amazonas (SitraAM/RR).
*RepercussãoAssessoria
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