No Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara (Cesit), o candidato a reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) pela Chapa 19, André Zogahib, e a candidata à vice-reitora, Kátia Couceiro, detalharam, nesta terça-feira (8), o Plano de Gestão que contempla a massificação do uso de tecnologia para facilitar o acesso a serviços e informações.
“Dentre as soluções pensadas para acabar em definitivo com os gargalos que dificultam a vida universitária dos discentes, estabelecemos como meta o desenvolvimento de um aplicativo que permita, por exemplo, a efetivação de matrícula, a conferência de notas, fazer reclamações ou apresentar sugestões. No século XXI, devemos facilitar ao máximo a vida dos alunos, cuja única preocupação deve ser estudar”, enfatizou André Zogahib.
A explicação deu espaço para que os alunos de Itacoatiara abrissem o coração e revelassem situações dramáticas. A deficiência no número de professores faz com que a maioria esteja desperiotizada. Irão concluir os cursos muito além do prazo normal. O fechamento do Restaurante Universitário (RU) e a falta de auxílio alimentação dificulta o acesso de estudantes em situação de vulnerabilidade social.
Ana Clara de Castro lamentou a falta de apoio para realizar seus sonhos. “Nosso centro tem a possibilidade de fazer o intercâmbio com a França, mas aqui não tem Francês. Não adianta lançar vagas e ninguém se inscrever”, lamentou a estudante.
Katia Couceiro apresentou a proposta de intensificação de acordos de cooperação técnica com instituições estrangeiras, mas sem a burocracia do modelo atual. “Para diversificar o ensino é fundamental a troca de experiências em instituições internacionais. Mas as exigências são tantas que poucos conseguem. Institucionalmente, não tem condições de continuar exigindo requisitos sem dar possibilidade a alunos de alcançá-los. Temos de rever, com urgência, os critérios que os afugentam das salas de aula ou que os impeçam de alcançar novos horizontes”, afirmou a candidata à vice-reitora.
Inexistência de espaço físico
Mesmo tendo 20 anos de existência, o Cesit não dispõe de estrutura física mínima. Falta auditório, quadra, salas de aula e laboratórios. A construção antiga não atende as demandas e compromete até as conquistas obtidas com extremo esforço.
O professor Luís Antônio Coutrim, do curso de Engenharia Florestal, teve aprovado pela Fapeam o projeto “Educação Ambiental em Solos”, com recursos da ordem de R$ 287 mil, mas não se sente seguro quanto à continuidade. “O recurso nos permitiu montar o Museu de Solos da Amazônia. Por falta de espaço, colocamos o acervo e a metade dos equipamentos adquiridos no RU. Estamos em via de receber a outra metade dos equipamentos. Além de não termos onde colocar os novos aparelhos, precisaremos acabar com o Museu quando o restaurante universitário retomar suas atividades. Estamos cansados de promessas, queremos solução”, afirmou, energicamente.
Professor André Zogahib, que é doutor e um experiente gestor, com prêmios obtidos nacionalmente, garantiu que a sua gestão e da professora Kátia não será a do esquecimento. “O papel tudo aceita. Tenho certeza que os senhores já ouviram e leram muitas propostas bonitas. Não estamos aqui para apresentar projetos mirabolantes. Nosso plano de gestão foi construído por profissionais experientes da UEA que, como eu e minha vice, sabem executar. Iremos começar com um levantamento criterioso das demandas, estabelecer um plano de ação eficiente e contínuo. Não vamos deixar a UEA devolver recursos por falta de projetos”, afirmou Zogahib.
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