Neste final de semana, comemoramos o Natal. A festa da cristandade e da solidariedade. Porém, mais um Natal onde a fome e o desemprego rondam a vida de milhões de famílias no país e muitas no Amazonas. Mas também é o Natal da esperança.
O Natal é a festa cristã que lembra e faz memória, segundo os Evangelhos da Bíblia Sagrada, a vinda de Jesus Cristo, que nasce em uma família pobre e em um lugar pobre, Belém da Judéia, no tempo da ocupação romana na antiga Palestina, numa sociedade sem direitos e escravista.
Jesus nasceu numa estrebaria, posto numa manjedoura, pois não havia lugar para uma família pobre e sem dinheiro. Foram visitar o recém-nascido pastores, trabalhadores simples dos campos e vizinhos curiosos e solidários, como retratado nos presépios, representação criada por São Francisco de Assis.
Este é o Jesus de verdade, que depois, na vida pública, foi pregar de cidade em cidade, anunciando o Reino de Deus, com justiça e amor, denunciando, como profeta, os ricos, as autoridades religiosas e as políticas que exploravam os pobres e desprezavam os doentes, os pobres, as crianças, as viúvas, as mulheres. Fico pensando o que Jesus faria vendo tantos líderes religiosos atuais se aproveitando da boa-fé e da pobreza do povo fiel.
No Brasil, voltou a fome no atual Governo Bolsonaro. Segundo o IBGE, são 33 milhões de pessoas nesta situação, e mais da metade da população do país vivendo em insegurança alimentar, não tendo renda suficiente para alimentar adequadamente sua família.
Esta realidade exige políticas públicas efetivas de combate à fome, com ações emergenciais, como o Bolsa Família, e de geração de emprego e renda, de moradia, de assistência social, de educação e saúde que garanta a dignidade da população. Esta é a esperança no novo Governo Lula, que disse que vai priorizar a alimentação do povo.
O Natal é o momento da solidariedade. Muitas pessoas fazem doação de cestas básicas a famílias necessitadas e doam presentes e brinquedos às crianças carentes. São gestos, certamente, nobres e necessários. Mas não basta. Não basta apenas um dia ou um mês. A fome está presente não somente no Natal, mas no ano todo, se não tiver algo mais efetivo.
A esperança do povo é o novo Governo do Lula, que reafirma o compromisso de enfrentar a fome como prioridade de Governo e, novamente, tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU e garantir melhores oportunidades para a população. Por isso, o esforço de aprovar ainda este ano a PEC do Bolsa Família e garantir recursos, já no primeiro ano de Governo, para o Farmácia Popular, para o aumento do salário mínimo, para creches e educação e muito mais.
Que este Natal seja de esperança e de ações concretas para acabar com a fome e garantir felicidade a todas as famílias do Amazonas e do Brasil.
Feliz Natal!
• José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e atualmente é deputado federal pelo Amazonas, filiado do PT.
Fonte: Manaus Atual
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