Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes busca conscientizar a população a respeito da doença crônica, desde a prevenção e diagnóstico até o tratamento. Atualmente, mais de 13 milhões de brasileiros vivem com a condição e, pelo avanço da medicina, hoje podem tomar cuidados específicos para amenizar seus efeitos. Um desses hábitos é o automonitoramento, a partir de aparelhos tecnológicos que ajudam a acompanhar a efetividade do tratamento.
O diabetes é dividido em quatro tipos: pré-diabetes (açúcar elevado no sangue, mas não o suficiente para a doença ser classificada); diabetes gestacional (aumento do açúcar no sangue durante a gravidez) e diabetes tipos 1 e 2. O primeiro é causado pela destruição das células produtoras de insulina por um defeito do sistema imunológico. Já o segundo, mais comum, resulta de uma resistência criada pelo organismo à insulina ou deficiência na produção desse hormônio.
“Monitorar os níveis de glicemia é essencial para pessoas com diabetes, porque ajuda a controlar a doença, prevenir complicações, ajustar a medicação, tomar decisões alimentares adequadas, evitar episódios de hipoglicemia e manter um acompanhamento médico eficaz”, explica a supervisora farmacêutica da rede Santo Remédio, Maria Eliza Pinheiro.
Opções
Segundo ela, há dois tipos mais conhecidos de aparelhos para monitoramento do diabetes: os sensores de glicemia e as tiras de glicemia. Cada um possui procedimentos e valores diferentes, sendo importante que o consumidor avalie o melhor custo-benefício de acordo com as suas preferências.
“Quando falamos de tiras de glicemia, geralmente é sobre medições em jejum ou pontuais, por exemplo, no pós-refeição. Você consegue ver como está o nível de açúcar no sangue naquele momento específico. Já os sensores de glicemia geralmente são acoplados ao corpo, principalmente na parte posterior do braço, e fazem um monitoramento diário, constante”, afirma a profissional.
O preço de medidores que utilizam tiras de glicemia costuma iniciar em R$ 50, em média, sendo considerados mais acessíveis. Aparelhos com maiores funções, como a opção de avaliar também o nível de colesterol ou de ter histórico amplo de medições, têm valores maiores. Já os sensores de glicemia começam com preços bem mais elevados, além de terem os custos da manutenção de peças.
Dicas
Segundo Maria Eliza, para aumentar a precisão dos resultados, é preciso ter o cuidado de utilizar os aparelhos conforme as orientações do fabricante. Há erros comuns identificados por farmacêuticos durante o atendimento de pacientes que procuram os medidores nas lojas.
“No caso das tiras, a opção mais utilizada por diabéticos, o procedimento é simples. É preciso lavar e secar as mãos, colocar uma tira no aparelho, furar o dedo com a agulha do medidor e captar a segunda gota de sangue com a tira, descartando a primeira. O erro acontece na manutenção desse equipamento. É comum pacientes comprarem a bateria ou a tira errada, sem saber que esses itens precisam ser da mesma marca do aparelho para poder funcionar”, orienta a supervisora.
Além do automonitoramento em casa, Maria Eliza ressalta que pacientes que precisam realizar um monitoramento remoto, ou preferem a ajuda de um profissional, podem encontrar em farmácias certificadas de Manaus o serviço de medição de glicemia. O atendimento é feito por um farmacêutico habilitado e fica pronto em poucos minutos, sem necessidade de agendamento.
“Hoje, quem mais procura esse serviço é a terceira idade. Além do exame padrão para medir a glicemia, temos o chamado teste de hemoglobina glicada, que é mais completo e evita resultados imprecisos. Com uma amostra de sangue, conseguimos ver como está a glicose do paciente nos últimos quatro meses, incluindo alterações de alimentação, exercícios e medicamentos associados”, afirma a farmacêutica.
_Foto: Freepik_
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