Em sua 32ª edição, o PQA fortalece sua pegada ambiental no reconhecimento das organizações
O PQA (Prêmio Qualidade Amazonas), que já conta com a sustentabilidade como um de seus pilares, terá como principal diferencial na sua edição deste ano o foco no mercado de carbono. O PQA 2025 foi lançado nesta quinta (20), pelo Dampi (Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria) da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), em cerimônia realizada na sede da entidade empresarial. Na oportunidade, foram informadas as regras do edital de participação no prêmio, assim como importantes novidades sobre a redução de emissões de carbono.
O PQA 2025 conta com apoio institucional do Sesi (Serviço Social da Indústria), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Sebrae (Serviços Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), e do Governo do Amazonas, por meio da Sedecti (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação). A iniciativa privada também integra esse esforço, representada pelas empresas Pam Plásticos, Q3 Qualidade, Click IP e TS Suprimentos. Além dos das organizações que pretendem participar do processo, a solenidade contou com a presença das executivas do Banco Safra, Lurislane Klafke e Claudia Pedrotti.
Desde 1994, o Prêmio Qualidade Amazonas já reconheceu mais de 700 organizações, incentivando a excelência em gestão e processos organizacionais.
Neste ano, o PQA continua promovendo a busca por melhorias contínuas em duas modalidades principais: Gestão, focada na evolução corporativa, e Processo, voltada para inovações e práticas sustentáveis. Promovido pelo Dampi/Fieam, o prêmio já é considerado o “Oscar da Qualidade”.
As vencedoras são escolhidas após um rigoroso processo de avaliação que dura meses e envolve mais de 80 profissionais dedicando mais de mil horas nesta tarefa.
“Fazer diferente”
Durante a cerimônia de abertura, a coordenadora do Programa Qualidade Amazonas, gestora do Dampi/Fieam e organizadora do evento, Erlen Lúcia Oliveira Montefusco, anunciou os novos esforços da Fieam para incentivar a indústria a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.
“Sob a orientação do nosso presidente da Fieam, Antônio Silva, e demais diretorias, precisamos seguir mantendo nossa floresta preservada e a indústria tem papel fundamental neste sentido. Devemos estar na vanguarda e nas boas práticas dos assuntos ambientais e sustentáveis, como a questão do Crédito de Carbono”, afiançou.
A executiva justifica a importância da participação do tema de crédito de carbono na edição deste ano. Segundo a dirigente, o PQA aponta para uma realidade na qual as organizações precisam estar inseridas nesse compromisso.
“A questão é a defesa dos interesses da indústria, e isso a gente sabe que vai fazer parte da agenda da indústria. Então, a gente está antecipando para que ano que vem, quando sair a legislação, eles já tenham esse conhecimento”, frisou.
Erlen Montefusco destacou a importância da participação das organizações no evento.
“A gente deve isso a cada uma das empresas que estão aqui. Porque, sem elas, a gente não teria o que premiar, o que reconhecer. Somos o programa mais antigo do Brasil, e com mais resultados expressivos em todo o cenário nacional. Daí, a gente fala com orgulho de quem acompanhou todo esse movimento desde o início e que permaneceu. Hoje, o PQA é a referência dos programas estaduais para o cenário nacional”, enfatizou.
De acordo com a executiva, a organização do PQA resolveu fazer diferente em 2025.
“Trouxemos parceiros que a gente entende que são significativos e relevantes, tanto para as indústrias, quanto para as organizações pequenas, e médias. Gostaria de agradecer a todos os nossos patrocinadores, que sempre acreditam na entrega que é feita pelo PQA, e que se dispõem a fazer aportes financeiros até para que o programa”, afiançou.
“Pegada de carbono”
O evento de lançamento do PQA contou com a palestra especial “Cadeias de Valor Sustentáveis”, ministrada pelo biólogo e mestre em Clima da Amazônia, Paulo B. Araújo Filho, abordando a importância de práticas sustentáveis na indústria. Durante sua apresentação no evento, especialista falou sobre as cadeias de valores sustentáveis, como é feito o cálculo da “pegada de carbono” das organizações e a entrega disso aos consumidores e às indústrias. Também trouxe conhecimentos sobre as legislações que tratam sobre o tema.
“No caso, com o apoio da Aporte Capital e Ecodots, nos unimos para trazer o desenvolvimento dessa questão. A cadeia de valor sustentável, incorpora valores até chegar ao produto final. Do ESG, para ser a base da estruturação do negócio e dessas relações de inovação, meio ambiente e indivíduos. Porque essa relação do produto que sai da ZFM lembra um pouco da história das pessoas que estão trabalhando para outros lugares. A gente trabalha muito a comunidade e desenvolvimento dessa estrutura, para entregar valor, sem deixar ônus ambiental”, comentou.
O biólogo frisa que é importante considerar a questão ligada ao entendimento de toda a estrutura da cadeia produtiva, incluindo os fornecedores.
“Produtos nesse sentido vão incorporar rastreabilidade, para entender a fonte dessas emissões, que podem ser de gás de efeito estufa, , para identificar quanto o produto impacta o meio ambiente. E trazer essa quantificação para toda a cadeia em cada etapa, seja no transporte, na atividade dos colaboradores, na viagem de negócios e na destinação de resíduos”, listou.
Empresas participantes
O CEO da Q3 Qualidade Industrial, Idson Sousa, conta que esta é a primeira vez que sua organização participa da premiação.
“Esse já era um sonho nosso, pois essa participação gera confiança para nossos clientes, assim como credibilidade. Acho que a Q3 Qualidade, uma escola de industrial focada em qualidade, está em sinergia com o mercado local industrial. Estamos no mercado há um ano, oferecendo cursos para a sociedade há seis meses”, justificou.
“Essa participação é muito importante. Um dos pilares do Prêmio Qualidade Amazonas é justamente a capacitação de recursos humanos, que é a nossa missão. A empresa como propósito a formação, para forjar os talentos de Manaus para a área da qualidade. Nosso principal foco é a formação de inspetores específicos, especialistas em diversas áreas aqui no nosso Polo Industrial de Manaus”, emendou o diretor da Q3 Qualidade, Alexandro Silva.
O gerente de Qualidade e SGI da Pam Plásticos, Robson Silveira, informa que sua empresa também é estreante no PQA, embora já conte com “mais de 120 anos de história” e 40 anos de operações em Manaus. “Nossa expectativa é criar uma cultura mais forte, relacionada à qualidade e ao networking, para pegar o benchmark aqui das outras empresas. A gente participa de muitos programas com os clientes, mas a ideia agora é participar como par, não como fornecedor. Entendemos que, nessa mudança, que está indo muito para a parte da sustentabilidade, é importante entender nossa participação mais forte nesse cenário e participar com todas as empresas nesse âmbito”, concluiu.
Fotos: Wellington Mamud
Assessoria de imprensa do PQA: Ed Blair
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