Nesta quarta-feira, 7 de maio, será realizado em Manaus um ato público em defesa das competências constitucionais da Justiça do Trabalho. A mobilização, que integra uma articulação nacional, acontecerá às 11h, em frente ao Fórum Trabalhista (rua Ferreira Pena, Centro), reunindo magistrados, advogados, servidores, sindicatos e movimentos jurídicos comprometidos com a garantia de direitos sociais.

Na capital amazonense, o ato é liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal nos Estados do Amazonas e Roraima (SitraAM/RR) e conta com o apoio da Associação Amazonense da Advocacia Trabalhista (*AAMAT*), Movimento da Advocacia Trabalhista Independente (*MATI*), *OAB-AM, Amatra XI, ANPT, Anamatra, Abrat, Sinjufego, Sindjuf-PA/AP* e outras entidades que atuam na linha de frente da defesa da Justiça do Trabalho.

A mobilização é uma resposta ao avanço de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que colocam em risco a competência da Justiça especializada, especialmente diante da possibilidade de validação da chamada “pejotização” — prática que fragiliza o vínculo empregatício ao converter trabalhadores celetistas em pessoas jurídicas, com perda significativa de garantias legais.

O manifesto nacional que embasa o movimento classifica esse cenário como uma “grave ameaça à ordem constitucional”, alertando que o esvaziamento da Justiça do Trabalho representa um retrocesso social com impactos profundos na dignidade e proteção da classe trabalhadora brasileira.

Para o presidente do SitraAM/RR, Luiz Cláudio Corrêa, a mobilização busca chamar a atenção da sociedade para o risco de desmontes silenciosos:

“Estamos diante de uma tentativa de enfraquecer a Justiça do Trabalho por meio de decisões que, na prática, esvaziam seu alcance. Não se trata apenas de uma disputa jurídica, mas de um ataque frontal à Constituição e às conquistas históricas da classe trabalhadora. A mobilização é uma resposta coletiva e urgente”, afirma o dirigente.

Além de falas públicas e entrega de material informativo, a ação propõe o engajamento direto da população e de operadores do direito na defesa do sistema trabalhista brasileiro, que cumpre papel fundamental na mediação dos conflitos entre capital e trabalho.

 

Foto: divulgação

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