O espetáculo Ancestrais após fazer apresentações no Quilombo de São Benedito no dia 27 de abril, passando pelo Quilombo de Serpa em Itacoatiara no dia 11 de maio, na Escola Estadual Cacilda Braule Pinto no bairro Coroado no dia 14 de Maio e Escola de Artes e Turismo da Universidade Estadual do Amazonas-UEA no dia 20 de maio, segue para o encerramento de sua temporada nos dias 29 e 30 de maio no Teatro da Instalação com início às 19 horas, com roda de conversa após as apresentações com mediação no dia 29 com a arte educadora Bianca Alencar e dia 30 com a artista e mestra da dança Francis Baiardi, os dois dias com ingresso livre.
O espetáculo Ancestrais idealizado pela professora, produtora cultural e multiartista Cléia Alves teve sua estreia no dia 27 de abril no Quilombo do Barranco de São Benedito juntamente com os Festejos de São Benedito a convite da Associação das Crioulas do Quilombo do Barranco de São Benedito.

Para o Teatro da Instalação as apresentações terão a participação do Grupo Cultural Afroameríndio Malungo Dudu nos dois dias tocando seus tambores ancestrais.
O espetáculo Ancestrais foi pensado para o Teatro com uma iluminação, cenário e sonoplastia de forma sensível e integrada para criar uma atmosfera poética que conecta o público emocionalmente com a narrativa.
“Essa combinação leva o público a uma experiência imersiva, onde a dança é mais que movimento, é memória viva, evocação e celebração de quem veio antes”, nos conta Cléia Alves.
Segundo a coreógrafa e intérprete a proposta do espetáculo é refletirmos sobre as nossas identidades, ancestralidades, pertencimento e afirmação étnica por isso pensou também na roda de conversa após a apresentação do espetáculo como forma de escuta, troca e partilha de saberes.
A escolha pela temática “Ancestrais”
Esta pesquisa em dança surgiu da necessidade de responder artisticamente a um contexto social marcado por retrocessos e violências.
Observa-se no Brasil uma crescente propagação da cultura do ódio, acompanhada por um aumento alarmante de atos de racismo, discriminação, violência, retirada de direitos e intolerância religiosa, especialmente dirigidos ao povo negro e aos povos originários. Diante desse cenário, a pesquisa busca, por meio da dança, reconectar-se com saberes ancestrais como forma de resistência, valorização da memória e afirmação de identidades historicamente. De forma poética e impactante o trabalho de Cléia Alves como uma artista que utiliza expressões culturais afro-brasileiras e indígenas, como a capoeira, o samba, o maracatu, o boi-bumbá e a dança dos orixás, vem propor reflexões profundas sobre identidade, ancestralidade e resistência. A inclusão de textos, poesias, percussão e cantos das religiões de matriz africana amplia essa experiência sensorial e espiritual, convidando o público a se reconectar com as raízes e os legados do povo negro e dos povos originários do Brasil.
- Encerramento da Temporada Ancestrais
- Dias: 29 e 30 de Maio
- Local: Teatro da Instalação
- Hora: 19:00
- Ingresso livre.
Apoio: Quilombo do Barranco de São Benedito, Quilombo de Serpa Itacoatiara, Universidade Estadual do Amazonas, Escola Estadual Cacilda Braule Pinto e Governo do Estado do Amazonas, Secretaria de Cultura e Economia Criativa-SEC.
Ficha técnica:
- Concepção/ Direção: Cléia Alves
- Coreografia/ Intérprete: Cléia Alves
- Assistente de Coreografia: Thyene Viana
- Colaborador de Criação: KK Bonates
- Sonoplastia: Jady Castro
- Mediadoras das rodas de conversas:
- Bianca Alencar e Francis Baiardi
- Design Gráfico: Augusto Vieira
- Produção: Thyene Viana e KK Bonates
- Assistente de Produção: Jady Castro e Elson Arcos
- Textos e poesia: Cléia Alves
- Registro audiovisual:Rodrigo Teixeira, Mylena Matos e Leandro Andrade.
- Intérprete de Libras: Carla Lima.