No domingo (18/7) foi publicado pelos principais jornais do mundo denuncias de invasão e roubo de dados de ativistas de direitos humanos, jornalistas e empresas por meio do Pegasus, um software de fabricação israelense.
O caso veio à tona depois que veículos de comunicação como The Guardian, The Washington Post e Le Monde, com a ajuda da Anistia Internacional e da ONG francesa Forbidden Stories (grupo de jornalismo sem fins lucrativos com sede em Paris), obteve uma lista com mais de 50 mil números de telefone que teriam sido monitorados. Os dados da lista foram compartilhados com um grupo de meios de comunicação. Os profissionais autores dessas publicações cruzaram as informações e identificaram que os telefones poderiam ter sido espionados a partir do software.
Segundo especialistas, o Pegasus pode se instalar tanto iPhones, da Apple, como dispositivos que utilizam o Android, sistema operacional para smartphones do Google. Uma vez instalado nos aparelhos, o programa explora suas vulnerabilidades, tanto nos sistemas, como em aplicativos comuns, como o WhatsApp.
A descoberta da lista aumenta as preocupações sobre a vigilância realizada pelos governos mundiais, não apenas aqueles com tendências autoritárias. O caso de espionagem global denunciado também reacendeu as discussões sobre a falta de uma regulamentação da vigilância privada e sobre os esforços das empresas de tecnologia para garantir a segurança de seus dispositivos
Texto: Nivaldo Soares(DiaDiaAm)
Fonte: https://valor.globo.com/mundo/noticia/2021/07/19/pegasus-entenda-o-caso-de-espionagem-global-com-o-software.ghtml
