A ação vai beneficiar os 15 primeiros inscritos com ajuda de custo de transporte, e alimentação para todos os participantes

A produtora cultural Inã Figueiredo, que atua em Manaus há sete anos, anuncia a realização do projeto “A Expressão Corporal da Africanidade na Amazônia”, nos dias 19 e 20 de julho, na Casa de Candomblé Ilê Asé Sesu Toyan, localizada na avenida Margarita, nº 1016, Cidade de Deus, zona Leste de Manaus.

A inscrição pode ser feita por meio de preenchimento do formulário disponível no link https://bit.ly/danca-africanidade até o dia 07 de julho. A atividade tem número limitado de vagas e será realizada das 9h às 16h30 com intervalo para almoço. Ao todo, serão 25 vagas, os 15 primeiros inscritos terão direito a ajuda de custo de transporte e o projeto se responsabilizará pela alimentação dos participantes.

A atividade consiste em uma imersão formativa na linguagem da dança afro, com a presença da coreógrafa e diretora Tatiana Campêlo, da Campêlo Cia de Dança, sediada em Salvador (BA).

O curso é voltado a artistas da dança, teatro e outras áreas, sem exigência de experiência prévia. A carga horária total será de 12 horas, com rodas de conversa, exercícios corporais e estudos das movimentações criadas por Tatiana Campêlo, e ao fim terá certificado de participação.

“Trazer Tatiana para Manaus é um sonho! Venho desenvolvendo essa articulação há mais de 1 ano. Essa troca é, antes de tudo, abrir espaço para o diálogo entre duas potências culturais do país, a Bahia e o Amazonas”, afirma Inã Figueiredo. “A dança afro é uma ferramenta de formação, mas também de identidade”, complementou.

“Com o coração aberto, sigo para Manaus para partilhar o que carrego em meu corpo, em minha trajetória e em minha fé”, destacou Tatiana, ansiosa com o encontro.

“Manaus, que honra poder plantar sementes aí. Que nossas trocas sejam férteis, que os encontros nos fortaleçam e que a ancestralidade dance conosco em cada passo”, declarou.

Troca de saberes e combate ao racismo

A proposta também se alinha ao debate atual sobre identidade racial e combate ao racismo, promovendo o reconhecimento das múltiplas raízes culturais da região amazônica.

“Mesmo com as políticas afirmativas em vigor, ainda há pessoas que não se reconhecem como negras ou indígenas. Essa é uma oportunidade de se reconectar com essas raízes através da arte, para além da proposta de formação profissional”, enfatiza Inã.

Acesso a saberes técnicos e ancestrais

Além da formação artística, o projeto visa criar conexões entre participantes, promover trocas de experiências e estimular o desenvolvimento cultural local.

“Queremos reunir pessoas interessadas em movimentar o corpo e refletir sobre sua própria trajetória. É um trabalho que conecta o passado, o presente e o futuro”, disse Inã.

Além disso, Inã garante que a imersão oferecerá uma oportunidade para os participantes ampliarem seu repertório criativo e se aprofundarem em práticas corporais ligadas à ancestralidade.

Sobre Inã Figueiredo

Inã Figueiredo é produtora cultural, aprecia e articula projetos que envolvam educação e artes cênicas. Atua há sete anos em Manaus e possui experiência em produções de grandes portes, como Festival Amazonas de Ópera (FAO), além de espetáculos, oficinas e ações formativas.

Em 2024, produziu uma exposição com temática candomblecista, contribuindo para o fortalecimento de narrativas ancestrais na cena artística amazônica.

Sobre Tatiana Campêlo
Tatiana Campêlo é coreógrafa, bailarina, diretora da Campêlo Cia de Dança e professora de dança afro na cidade de Salvador (BA).

Sua trajetória é marcada pela pesquisa em linguagens corporais negras e pela criação de metodologias próprias de ensino.

Atua com foco na formação de artistas e no desenvolvimento de espetáculos que dialogam com a ancestralidade africana, a religiosidade e os saberes populares.

Já participou de festivais nacionais e internacionais, sendo reconhecida por sua atuação no campo da dança afro contemporânea.

Mais informações, bem como o acompanhamento do projeto, pode ser acessado por meio dos perfis @cursodancaafro e @inan.fig, no Instagram.

“A Expressão Corporal da Africanidade na Amazônia” foi contemplado no Edital Macro de Chamamento Público N° 002/2024 da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).

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