Festival integrou arte, economia criativa e transformação social em três dias de ocupação criativa de espaços públicos

Presidente Figueiredo, localizado a 107 quilômetros de Manaus, se transformou em um verdadeiro palco a céu aberto entre os dias 26 e 28 de junho, com a realização do 12º Shock Cultural Zé Amador – Mobilidade Urbana com Artes. O evento, realizado no tradicional Centro Cultural Zé Amador, reuniu mais de cinquenta artistas e agentes culturais do Amazonas e de outros países, celebrando a diversidade das expressões artísticas em um grande encontro popular e gratuito.

Com foco na democratização da cultura e na ocupação dos espaços públicos, o festival ofereceu uma programação variada que envolveu música, poesia, grafite, teatro, oficinas de pintura, circo, skate e literatura. A proposta central foi destacar a mobilidade urbana não apenas como deslocamento físico, mas como um conceito ampliado que integra arte, acessibilidade e transformação social.

Desde sua primeira edição, o Shock Cultural se propõe a ser um ponto de encontro entre estilos e culturas distintas.

“É onde todas as culturas se encontram e se respeitam, criando uma harmonia cultural entre povos e estilos diferentes”, afirma o idealizador e coordenador geral do evento, Antônio Amador de Oliveira, o Seu Amador.

Um espaço revitalizado e pulsante

O Centro Cultural Zé Amador, localizado na Avenida Massaranduba, é um símbolo da resistência e da criatividade local. Revitalizado há 12 anos com apoio de artistas de Presidente Figueiredo, Manaus e até de outros países, o espaço voltou a ser ocupado com força total durante o festival, reafirmando seu papel como centro de cultura viva e acessível à comunidade.

A programação começou no dia 26 com oficinas de introdução à pintura artística, voltadas especialmente para o público infantil. No dia seguinte, as crianças puderam explorar sua criatividade em pinturas em tela, e assistiram à peça de teatro infantil “O Tesouro do Rei”, seguida pela nostálgica apresentação do Palhaço Felpudo, que emocionou o público ao relembrar os tempos áureos do circo.

O encerramento, no dia 28, foi marcado por atividades ao ar livre, incluindo apresentações acrobáticas dos Meninos do Skate, batalhas de rima e slam, ruas de lazer, grafite ao vivo e um emocionante sarau de poesia organizado pela Associação dos Escritores do Amazonas.

Uma rede de talentos e apoiadores

O festival contou com a participação de artistas como Maria Edileuza Costa Lima, Lamartine Silva, Cilas Reis, Jesmar Alcalá, Xiosmel Ramon Herrera, MC VDK, Wil Dero, Cida Aripoporia, entre muitos outros nomes que vêm construindo a cena cultural amazônica.

Entre os escritores presentes estavam Francinara Lima (pedagoga e presidente da Associação ForMaS e Poemas), Magno Fré’Sil, Ana Caroline, Uriel Moreno, Taquer, Clessio de Assis e Edit Poeta, nomes que representam a nova geração da poesia amazônica.

A realização do 12º Shock Cultural foi possível graças ao apoio de diversas instituições, incluindo o Ministério da Cultura, Secretaria de Cultura do Amazonas, Governo Federal, EMTU Presidente Figueiredo, além de empresas locais como o Hotel Giboia, Hotel Corredeira do Urubuí e o apoio parlamentar de vereadores Ronaldo Limão, Lucas Moitinho e Ju Campos. O evento também contou com o suporte da Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento (PADF) e do Instituto Hermanitos.

Cultura em movimento

Mais do que um festival, o Shock Cultural se consolida como um projeto de impacto social que leva arte às ruas e integra diferentes públicos, conectando gerações e promovendo o respeito às diversas formas de expressão. Para os organizadores, a iniciativa é um exemplo de como a arte pode ser ferramenta de inclusão e cidadania.

“Este é um movimento que não para. A arte precisa estar onde o povo está. E o Shock Cultural é isso: ocupar, criar, transformar”, finaliza Seu Amador.

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