Na última sexta-feira (28), mais de 5 mil trabalhadores da construção civil, liderados por Sassá da Construção Civil, deram início a uma greve de grandes proporções, paralisando obras públicas e privadas em várias regiões. A mobilização, organizada pelo sindicato da categoria Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec-AM), reivindica aumento salarial, melhores benefícios e o fim do acúmulo de funções sem reconhecimento financeiro. O protesto causou congestionamento na avenida, com agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) orientando o tráfego.

Entre as principais pautas estão:

  • Reajuste salarial de 10%
  • Cesta básica no valor entre R$ 300 e R$ 400
  • Reconhecimento e pagamento por acúmulo de funções

Segundo representantes sindicais, o movimento é motivado pela falta de diálogo com as empresas terceirizadas que prestam serviços tanto para o município quanto para o governo estadual. “Se o Estado está pagando as empresas, por que o patrão não paga o trabalhador?”, questionou um dos líderes da mobilização, destacando a indignação da categoria com a postura patronal.

O sindicato afirma que tentou iniciar negociações, mas não houve abertura por parte dos empregadores, o que levou à paralisação. “Não estamos pedindo luxo, estamos pedindo respeito e dignidade para quem constrói essa cidade com as próprias mãos”, reforçou outro representante.

A greve segue por tempo indeterminado e afeta diretamente o andamento de obras importantes, inclusive projetos públicos em andamento. O movimento promete continuar até que os patrões se disponham a negociar e apresentar propostas concretas que atendam às demandas da categoria.

Em entrevista a um veículo local, Sassá da Construção Civil (PT) detalhou os motivos da paralisação:

“A gente quer também um aumento salarial justo. Hoje, o servente de pedreiro ganha um salário mínimo. Nunca aconteceu na história do Amazonas. Nós queremos que chegue a R$ 1.800. Nós queremos que o pedreiro chegue a R$ 2.600. Queremos também que o trabalhador que tenha quatro, cinco cursos ganhem mais por conta da qualificação”, reivindicou.

SASSA 1

Enquanto isso, os trabalhadores seguem firmes nas manifestações, reivindicando o que consideram um direito básico: valorização e justiça no ambiente de trabalho.

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