O deputado estadual Sinésio Campos (PT) destacou, nesta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a importância da interiorização do desenvolvimento econômico do estado, impulsionado pela Zona Franca de Manaus e pelo corredor logístico Manta-Manaus, que conectará o Amazonas ao oceano Pacífico via Tabatinga, localizada na tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru).

“Tabatinga já conta com um posto alfandegado, que está integrando novas rotas comerciais. A reforma tributária garantiu a prorrogação da Zona Franca de Manaus até 2073, fortalecendo investimentos na região. Na última semana, o Conselho de Administração da Suframa aprovou 39 novos projetos, beneficiando não apenas Manaus, mas toda a Amazônia”, disse.

Segundo Sinésio, a descentralização dos incentivos fiscais pode dinamizar a economia do interior. “Com a rota Manta-Manaus passando por Tabatinga, que já é uma área suframada, temos uma oportunidade histórica de transformá-la em um polo industrial e logístico, como Manaus”, afirmou.

A economia amazonense vive um momento de crescimento. O Polo Industrial de Manaus (PIM) alcançou um recorde de 131.446 empregos diretos em abril de 2025, aumento de 10,31% em relação a 2024. O faturamento nos primeiros quatro meses do ano chegou a R$ 74,37 bilhões, crescimento de 14,82%.

Sinésio também defendeu uma visão ampliada sobre o Alto Solimões, incluindo Tabatinga, Benjamin Constant e municípios do entorno, que serão beneficiados pela comercialização de produtos da Zona Franca. Além disso, ressaltou a posição estratégica do Norte, mais próximo dos Estados Unidos e mercados da América do Norte. “O Brasil começa no Norte, não no Sul”, enfatizou.

O deputado ainda destacou o papel do setor mineral na descentralização econômica, citando a exploração de gás natural em Silves e a futura produção de potássio em Autazes como exemplos do potencial econômico do interior. “O futuro do Amazonas passa pelo fortalecimento da Zona Franca, mas também pela diversificação econômica. Quem ganha com isso é a população do interior, historicamente à margem do progresso”, concluiu.

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