A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) repercutiu, nesta terça-feira (19), os avanços no processo de implementação da Rota Manta-Manaus, projeto de integração logística que conectará o Amazonas ao Oceano Pacífico, reduzindo distâncias e custos de exportação. O tema foi levado ao plenário pelo deputado Sinésio Campos (PT), defensor histórico da proposta.

Em seu pronunciamento, Sinésio celebrou as declarações da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que, em audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado, confirmou que a rota começará a funcionar ainda este ano. De acordo com a ministra, o projeto deve ser inaugurado antes ou logo após a COP-30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).

“A Rota Amazônica é uma conquista que nasceu no nosso gabinete e vai transformar a competitividade da Zona Franca de Manaus. Estamos falando de um caminho que reduz em até 10 mil quilômetros a distância até a Ásia, permitindo que os produtos cheguem em até duas semanas antes ao seu destino”, afirmou Sinésio.

A conclusão do processo de dragagem do rio Solimões está previsto para setembro, etapa fundamental para viabilizar a navegação. A Receita Federal está trabalhando para a instalação de uma aduana em Tabatinga, município que será estratégico no novo corredor logístico. Além da integração direta de Manaus ao porto de Manta, no Equador, a nova Rota Amazônica também integra Manaus ao porto de Chancay, no Peru, ampliando as possibilidades logísticas.

A ministra Simone Tebet enfatizou que a Rota Amazônica é um projeto estratégico não apenas para o Amazonas, mas para todo o Brasil, ao encurtar a distância com a Ásia e facilitar o comércio com países vizinhos da América do Sul.

O parlamentar também comentou as declarações dadas pelo presidente Lula na segunda-feira (18), quando firmou diversos acordos de cooperação com o presidente do Equador, Daniel Noboa, incluindo entendimentos sobre a rota Manta-Manaus e sobre comércio bilateral. Para Sinésio Campos, a efetivação da Rota Manta-Manaus representa a consolidação de uma luta histórica:

“Sempre dissemos que esse projeto não era um sonho distante, mas uma necessidade concreta para o desenvolvimento regional. Agora, vemos esse esforço se tornando realidade, com impactos diretos na geração de emprego, renda e no fortalecimento da nossa Zona Franca.”

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