É hora de esquecer os discursos de poder, pois o inimigo não os compreende. Juntos, venceremos esta guerra!

 

Nesse momento, o Brasil e o mundo enfrentam um dos maiores desafios da história humana, o Covid-19. A disseminação do vírus atinge indiscriminadamente todos os países, pondo em xeque antigas compreensões sociológicas, políticas e econômicas, expondo a fragilidade das estruturas nacionais e internacionais.

Inserido no contexto mundial da pandemia, o estado do Amazonas, não diferente de outros estados brasileiros, está em crise. A doença chegou e se disseminou rapidamente, sem perguntar se estávamos preparados para enfrenta-la.

Mas, quem estava preparado para esse enfrentamento? Que país? Qual presidente? Qual governador? Qual prefeito? Não cabe aqui discutir essas questões, sobretudo, politicamente.

No Amazonas, mais especificamente em Manaus, junto com a pandemia, veio o oportunismo vulgar daqueles que conspiram pelo impeachment do Governador e seu vice. O mentor do processo busca alianças para fortalecer seu intento, visando tão somente subir ao poder e assumir um cargo que não disputou e muito menos conquistou nas urnas, pelo voto popular. Montou-se um outro “gabinete do ódio”?

Mas, quem está no comando dessa tropa?  Quem está por trás de tudo isso? Quais seus reais interesses?Alguns têm força de comando e, embora não a use para fortalecer aqueles que estão à frente da guerra, poderiam ajudar. Para saber quem realmente é o chefe, precisamos ler nas entrelinhas.

No cenário de guerra, aparece o jovem Josué (que não é o neto de Elisama citado na Bíblia). Esse é aquele que ambiciona ser o primeiro da turma, o chefe, o comandante. Aproveitando-se da situação de crise, reúne sua tropa e monta estratégias. O grupo tem objetivos e interesses diversos e um foco bem definido: derrubar quem está no comando da batalha, para assumir o poder. Monta um serviço de (des)inteligência, que não é tão secreto. E, por isso mesmo, deixa visível o planejamento, as rotas, os pontos de ataque, os mapas de guerra, com erros estratégicos grosseiros, propositalmente expostos para provocar o caos. E, no desespero, tenta ganhar aliados e reforçar o intento da “causa” que defende, insurgi-se contra quem está no comando.

Audacioso aprendiz de raposa, Josué quer ser o primeiro. Porém, como não consegue seguir os caminhos naturais que podem leva-lo a alcançar seus objetivos, usa de subterfúgios para chegar lá, nem que seja colando. E, se não conseguir – o que é mais provável -, tentará ser o Conselheiro da classe, para representar seus próprios interesses. Vai que cola!?

Poderia ser, também, o superintendente do setor produtivo que, por exemplo, tem o polo industrial sob seu comando, com tecnologia de ponta e recursos disponíveis, e não se manifesta com suas forças para, ao menos, fazer um chamamento de seus comandados para apresentar uma contrapartida social e ajudar aqueles que estão na luta.

“Ser ou não ser”. Esta frase shakespeariana prefigura muito bem o comandante da prefeitura da 2ª companhia; que ora se mostra do mesmo lado dos que lutam, ora se isenta e acusa, desrespeitando as regras legais. Esquece de assumir o comando de seu próprio grupamento, não cumprindo com compromisso que lhe cabe no combate, deixando seus bravos comandados, aqueles que continuam na linha de frente lutando bravamente, sem o mínimo de proteção e apoio.

Em meio a isso tudo, temos outro “poderoso chefão”, ex-comandante de duas forças declarando que as Ama. Estratégico e muito bem articulado, de seu QG, juntamente com os fiéis aliados, tenta cooptar adeptos para fortalecer suas bases de ataque, sobretudo, agora, quando vislumbra a oportunidade de tentar reassumir um comando. Mesmo na área de risco, e, sendo um dos causadores do caos no setor, age no subterrâneo das trincheiras disparando sua metralhadora.

Infelizmente esse tipo de expediente oportunista, uma velha prática inescrupulosa de fazer política, ainda é latente. É incrível a falta de bom-senso de poucos, que maquinam o mal contra aqueles que estão envolvidos e compromissados com o bem-estar de muitos. Mas, não é contra esse mal que se está lutando hoje. Caso fosse, seria muito mais fácil combater, tiraríamos a “casca” protetora da ferida de cada um e a deixaríamos exposta para ser infeccionada, talvez por ela mesma.

Cabe sim, no momento, discutir-se estratégias de ações, como as que estão emergencialmente sendo tomadas, por serem prioritárias, pois visam unicamente defender, atacar e vencer o inimigo de todos: o Covid-19. É contra ele que estamos guerreando.

Portanto, o momento exige a união de todos, solidariedade, ações multilaterais, decisões corajosas por parte dos governantes, sem partidarismo, para enfrentarmos e vencer o avanço pandêmico do Covid-19 em escala local. É hora de esquecer os discursos de poder, pois o inimigo não os compreende. Juntos, venceremos esta guerra!

Diz um velho ditado: “Se não for para ajudar, não atrapalhe”. Aqueles que não estão engajados nessa luta, reflitam. Pensem na dor das famílias que já perderam seus entes queridos, naqueles que querem viver. É preciso compreender que o mundo é feito de seres humanos.

Me chamo Nivaldo Soares, um cidadão brasileiro, constitucionalmente livre para me expressar.

 

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