Fumar é fator de risco para o aparecimento de mais de 50 enfermidades e condições de saúde
O uso do tabaco se tornou epidêmico e atualmente é considerado um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, 8 milhões de pessoas morrem em decorrência do tabagismo, e a maioria de seus usuários vive em países de baixa e média renda, o que faz que o peso das enfermidades decorrentes seja ainda maior, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.
No Brasil, 428 pessoas morrem diariamente em razão da dependência à nicotina. O câncer, as doenças cardíacas e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) estão na lista dos males mais comuns entre esses indivíduos. Para alertar a população sobre as consequências dessas substâncias na saúde, em 29 de agosto é marcado como o Dia Nacional de Enfrentamento ao Tabaco.
O cirurgião de cabeça e pescoço do Hapvida Saúde, Tomás Garcia, explica que o tabagismo é uma doença caracterizada pela dependência da nicotina, uma das substâncias nocivas do cigarro e de outros produtos de tabaco. “A fumaça do cigarro possui mais de quatro mil substâncias que podem provocar mais de 50 doenças, destacando-se o infarto agudo do miocárdio e neoplasias malignas em diversos órgãos do ser humano, sendo primeira e terceira causas, respectivamente, de morte no Brasil”, alerta Tomás.
O tabaco pode afetar as pessoas de diferentes formas, sendo a mais comum por meio do cigarro. Porém, vale ressaltar que o uso de charuto, cachimbo, narguilé e cigarros eletrônicos também é danoso à saúde e está diretamente ligado ao câncer.
As evidências científicas indicam que parar de fumar antes dos 40 anos pode reduzir em 90% as chances de morte pelas doenças relacionadas ao tabaco. E os benefícios dessa iniciativa começam a ser contabilizados já após 20 minutos da cessação, quando a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
O especialista explica que a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroína, álcool, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas 7 a 19 segundos. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia.
Determinação
Mas, sempre é tempo de buscar qualidade de vida e parar de fumar. O Ministério da Saúde possui um Programa Nacional de Controle do Tabagismo e oferece tratamento gratuito àqueles que queiram parar de fumar por meio de suas secretarias estaduais de saúde. Há ainda alguns programas online e os oferecidos por alguns hospitais e convênios da rede particular.
Para quem resolver encarar o desafio de parar de fumar, o psicólogo do Hapvida Saúde, Wilton Cabral, recomenda tomar alguns cuidados com as armadilhas do dia a dia. “Nos momentos de estresse é importante procurar se acalmar e entender que situações difíceis sempre vão ocorrer e fumar não será a solução dos seus problemas. Procurar um psicólogo pode contribuir também na minimização da ansiedade”, garante o especialista.
A vontade de fumar não dura mais que alguns minutos. “Nesses momentos, para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Mantenha as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabisque algo ou manuseie objetos pequenos”, orienta o médico.
Além disso, não fique parado – a prática de exercícios ou algum esporte que seja prazeroso na busca da desintoxicação, conversar com um amigo, fazer algo diferente que distraia sua atenção, ajudam significativamente no desafio para parar de fumar.
Foto: Divulgação
Fonte: F5 Comunicação
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