O diretor-geral da PRF (Polícia Federal Rodoviária) Eduardo Aggio, por meio de coletiva de imprensa, confirmou nesta quarta-feira (06) que no próximo dia 19 de janeiro será publicado o edital do Concurso PRF. De acordo com ele, o concurso será em nível nacional, sem regionalização.
“O curso de formação contará com 1.500 policiais ainda em 2021, para que sejam formados ainda este ano”, adianta o diretor-executivo da PRF, José Lopes Hott Junior. Porém, mais 500 já deverão ser convocados em janeiro de 2022, resultando em um total de 2000 vagas. As inscrições deverão ser iniciadas no dia 25 de janeiro, com pagamento da taxa de inscrição até 5 de março. Já a aplicação das provas objetivas está marcada para 28 de março. A nomeação e posse dos servidores está prevista para ocorrer em dezembro de 2021.
Ao todo serão oferecidas 1.500 vagas de policial rodoviário, para preenchimento imediato. Além disso, mais 500 deverão ser preenchidas no início de 2022, por meio de convocação de remanescentes, no sentido de completar as 2000 oportunidades anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Para concorrer ao cargo é necessário possuir nível superior em qualquer área, além de carteira de habilitação a partir da categoria “B”. A remuneração inicial é de R$ 10.357,88, já considerando o auxílio-alimentação de R$ 458,00,
Assim que iniciadas, as inscrições poderão ser feitas somente pela internet, na página eletrônica da banca organizadora, que será o Cebraspe. O valor da taxa será divulgado com a publicação do edital.
De acordo com Aggio, o resultado da primeira fase será divulgado no dia 2 de agosto, com convocação para início do curso de formação nos dias 3 e 4 de agosto. Além disso, as 500 vagas remanescentes já contam com previsão para ingresso no curso de formação. Após o término da primeira turma do curso de formação, em 17 de dezembro, o curso de formação para os próximos 500 terá início em janeiro de 2022.
Hott adianta que o cronograma do concurso PRF será diferente do concurso da Polícia Federal, o que permitirá que os interessados participem dos dois certames
Como serão as provas
O concurso PRF já conta com disciplinas definidas para a prova objetiva. De acordo coma diretora de gestão de pessoas da corporação, Silvia Borges, a parte objetiva contará com 120 questões, distribuídas por três blocos. A aplicação das provas ocorrerá em todas as capitais e há, ainda, a possibilidade de inclusão de outas cidades, de acordo com a quantidade de inscritos.
O primeiro contará com 55 questões, versando sobre língua portuguesa, raciocínio lógico e matemático, informática, física, cidadania, geopolítica e língua estrangeira, com opções em inglês ou espanhol.
O segundo bloco contará com 30 questões de legislação de trânsito e, por fim, o terceiro bloco terá 35 questões sobre direito, incluindo temas de direito administrativo, direito constitucional, direito penal, direito processual penal, legislação especial e recursos humanos. Na parte de legislação de trânsito, adiantam que será cobrada a lei 14.071 de 2020.
Segundo o diretor-executivo da PRF, José Lopes Hott Junior, os testes de aptidão física contarão com caráter eliminatório na primeira fase. Serão mantidos os quatro testes já aplicados na seleção anterior: barra fixa, abdominais, corrida e salto em caixa de areia. Hott adianta que, desta vez, não haverá prova de natação. Porém, ainda está sendo avaliado, junto ao Cebraspe, a possibilidade de inclusão de um teste de agilidade.
Em relação aos exames psicológicos, deverão ser mantidos os critérios da seleção anterior
Os títulos passam a contar de cinco pontos (no concurso anterior) para dez pontos. “O concurso exige qualquer área de formação para ingresso. A diversidade é bem vinda para a corporação”, ressaltou Hott. Na avaliação de títulos serão avaliados pós-graduações que o candidato possui.
Também será considerada a experiência profissional pregressa, sendo considerado o exercício de carreiras públicas previstas nos artigos 142 e 144 da Constituição. O edital trará as carreiras e a pontuação por tempo de exercício, bem como as graduações consideradas.
A avaliação médica tem como objetivo avaliar as condições de saúde do candidato, por meio de exames e indíces que serão exigidos, de acordo com o edital, além da avaliação toxicológica. “Eventualmente será feita avaliação continuada”, adverte a diretora de pessoal
A avaliação psicossocial terá duas etapas, a primeira com o objetivo de avaliar a deficiência alegada pelo candidato no ato da inscrição e a segunda com o objetivo de analisar se a deficiência é compatível com as atribuições do cargo.
Na heteroidentificação haverá uma alteração. O procedimento confirma ou não a auto declaração de candidatos dentro das cotas previstas. Desta vez, caso confirmada a auto declaração o candidato seguirá. Se não for confirmada, o candidato retornará para a concorrência geral, diferente do concurso anterior, onde os candidatos não confirmados eram desclassificados.
A investigação social, com o objetivo de avaliar a conduta ilibada do candidato, trará elementos para apurar a possibilidade do servidor possuir algum envolvimento não compatível com o cargo. O infrator contumaz de trânsito poderá fazer com que o candidato seja desligado, segundo Aggio.
De acordo com Aggio, a corporação conta com estratégias para permitir que o curso de formação possa ocorrer com segurança para a saúde dos candidatos, tendo em vista a crise de Covid 19.
O curso de formação conta com regime de dedicação geral e exclusiva e se conclui no dia da formatura. O candidatos deve estar disponível todos os dias, de acordo com o quadro de trabalho divulgado, reforça Hott. A classificação final será importante para os candidatos, para que possam escolher a lotação onde pretende atuar. Adianta, ainda, que os testes toxicológicos serão continuados. Desta forma, durante o curso de formação, o candidato pode ser convocado a qualquer momento para uma nova avaliação, até o momento da formatura.
Foto: Divulgação/Social Media Izza Alves – diadiaam
Fonte: jcconcursos.uol.com.br
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